quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Engenharia de Computação



Pessoal segue o texto sobre Engenharia de Computação, esse texto foi extraido de varias fontes e relata a historia do curso e como é atualmente o mercado de trabalho.....


O curso de engenharia de computação é derivado da Engenharia Elétrica, os profissionais dessa área possuem uma formação plena em Engenharia e uma sólida formação técnico-científica e profissional, o curso tem sido adicionado ás universidades desde o inicio dos anos 1990 quando algumas universidades como o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussetts), nos Estados Unidos, optaram por unir os departamentos de engenharia elétrica e de ciência da computação. No caso do Brasil, a maioria dos cursos de Engenharia de Computação surgiu como uma especialização do curso de Engenharia Elétrica, dando essa diferença do curso de Ciência da Computação. Enquanto em Ciência da Computação existe um foco mais específico em desenvolvimento de software, complexidade de algorítmos, sistemas operacionais, compiladores e bancos de dados, a Engenharia de Computação foca mais em hardware, processos, automação e software embarcado.

Como a graduação em Ciência da Computação começou a surgir no país no final da década de 60 - o primeiro curso de Bacharelado em Ciência da Computação foi criado na Unicamp em 1968 - ocorreu que, em várias universidades que já ofereciam aquele curso, a instauração do curso de Engenharia de Computação seguiu o padrão do MIT. Um exemplo disso é a própria Unicamp, que instaurou duas modalidades de curso: um com ênfase em desenvolvimento de software, ministrado pelo Instituto de Computação, e outro com ênfase em hardware e processos, ministrado pela Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação. Mais tarde, ela voltou a oferecer o curso de Bacharelado em Ciência da Computação - apenas no período noturno.

Outro exemplo recente que seguiu o mesmo modelo é o da Universidade Federal de Pernambuco, que criou a graduação em Engenharia de Computação numa parceria entre o Centro de Informática e o Departamento de Eletrônica e Sistemas, mantendo também o curso original de Bacharelado em Ciência da Computação.

Um caso diferente foi o da Universidade Federal de São Carlos, que possuía duas modalidades do curso de Ciência da Computação: um com ênfase em software e outro com ênfase em hardware. Neste caso, foi mantido o curso original de Bacharelado com ênfase em software, e o curso com ênfase em hardware foi transformado no curso de Engenharia de Computação.

No caso da USP de São Paulo, o curso de Engenharia de Computação foi criado dentro da Escola Politécnica, que já oferecia um curso de Engenharia Eletrônica com ênfase em sistemas, e o curso original de Bacharelado em Ciência da Computação continuou sendo oferecido pelo Instituto de Matemática e Estatística, não havendo qualquer relação entre os dois cursos.

Em 2006 foi dado início ao curso de Engenharia da Computação em Sobral no Ceará, trazendo três vertentes de apóio: Ciências da Computação, Automação e Telecomunicações, sendo que na cidade já existia um curso de Ciências da Computação a uns 8 anos. No IPA o curso começou a ser oferecido no primeiro semestre de 2006 e tem previsão para a formação da primeira turma no segundo semestre de 2009.

Caracteristicamente o Engenheiro da Computação deve ser dotado de conhecimentos técnicos profundos e habilidades intelectuais que lhe permitam absorver rapidamente novas tecnologias, próprias da rapidez de inovação da área da Informática.

Esta formação técnica deverá ser complementada por disciplinas que capacitem este profissional a perceber as implicações sociais do uso da tecnologia que desenvolve e manipula, orientando a mesma para o bem estar da sociedade em que atua.

Mercado de trabalho

Nos dias de hoje, a informática se encontra inserida em todos os segmentos do setor produtivo e os computadores são encontrados em praticamente todos os ambientes. Com isto, constata-se um grande aumento do interesse pela formação acadêmica voltada para esta área. Cada vez mais as empresas buscam o processamento de informações.

“O engenheiro de computação trabalha com todo produto que tenha componentes eletrônicos integrados a um software, o que acontece com praticamente todo aparelho eletrônico. Nos carros, por exemplo, a injeção eletrônica, vidros elétricos, computador de bordo e outros, dão emprego aos profissionais dessa área”, relaciona Anita Maria da Rocha Fernandes, coordenadora do curso na Univali.

A formação abre espaço de trabalho em diversos ramos, nas áreas de tecnologia da informação, desenvolvimento de produtos, aplicações e serviços de indústrias e empresas, em centros de pesquisa, em universidades e no setor estatal. Os pisos salariais para engenheiros variam conforme a região do país. Segundo o Confea, eles são de seis salários mínimos, para trabalhar seis horas. Quem passar mais tempo no trabalho deve receber 25% a mais por hora. No entanto, para o Engenheiro de Computação, esses valores costumam ser maiores, diz a coordenadora.

Geralmente, as portas para o primeiro emprego são abertas por um estágio numa grande empresa e, não raro, o estudante é contratado antes mesmo de terminar a graduação. Além de atuar em companhias do setor de tecnologia, o profissional pode encontrar espaço em diversos segmentos, já que toda empresa de grande porte tem uma área de TI. Outros setores que podem contratar o engenheiro são os de telecomunicação e de desenvolvimento de software e hardware. A atividade em gerência e na área de banco de dados também é uma tendência. As ofertas de emprego continuam boas em bancos, empresas de comércio eletrônico e de consultoria tecnológica para o especialista em desenvolvimento de softwares e sistemas. O governo federal vem dando prioridade para financiamentos destinados a formar mestres e doutores em engenharia da computação e assim estimular o desenvolvimento da indústria nessa área. Essa medida abre maiores perspectivas para o profissional dedicado ao ensino e à pesquisa. As regiões Sul e Sudeste, principalmente o estado de São Paulo, são responsáveis pelo maior número de empregos, mas há vagas por todos os estados. Fora do eixo Rio–São Paulo, todos os estados necessitam de professores universitários na área. Para atuar no ensino superior, no entanto, é preciso ter pós-graduação.

Diversas vagas de empregos surgem todo dia em todo o país e no exterior, em São Paulo no dia 4/11/2008 foi oferecida a seguinte vaga num site de empregos popular da cidade, a vaga é pra engenheiro de computação formado, o salário é de R$ 5000,00, é oferecido assistência médica e uma carga horária de 40 horas semanais. No Rio de Janeiro no site curriculum.com.br há uma vaga em aberto já faz 20 dias, segundo Christian Miranda funcionário da ASSECOM isso é normal, a falta de engenheiros no mercado de trabalho em esfera nacional, conforme declarações recentes dos Conselhos Federal e Regional de Engenharia, da indústria automobilística, Sindicato da Indústria da Construção Civil e outros setores, tem sido uma realidade vivenciada pelo Departamento Universidade-Empresa e Estágio. O bom Engenheiro geralmente esta empregado e para manter o profissional as empresas constantemente oferecem propostas melhores.

Outra alternativa para o engenheiro de computação é desenvolver seu próprio negocio, um exemplo disso é o bem sucedido Lawrence Edward Page mais conhecido como “Larry Page”. Larry Page é co-fundador e atual presidente de produtos de um dos sites de busca mais populares da internet, o Google. Larry se tornou presidente de produtos do Google em Abril de 2001 Filho de um cientista da computação da Universidade Estadual de Michigan, Dr. Carl Victor Page, sua paixão por computadores começou cedo, aos seis anos. Seguindo os passos do pai na Universidade de Michigan, se formou em engenharia da computação. Durante seu mestrado na Universidade de Stanford juntou se a Sergey Brin e desenvolveram e fundaram o Google em 1998 deixando a universidade de Stanford. Larry é um membro do comitê da consulta nacional (NAC) para a Universidade de Engenharia de Michigan, foi reconhecido como o inovador do ano pela revista Research and Development Magazine, e foi eleito para a Academia Nacional de Engenharia Norte Americana.

Há diversos caminhos a seguir no ramo de engenharia de computação, hoje tudo ao nosso redor necessita de processamento e cada vez mais a tecnologia cresce. Em meados de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com fabricantes mundiais de chips e incentivou o investimento no Brasil. A idéia é trazer para o país indústrias com essa tecnologia. Mas o custo de implantação do parque industrial gira na casa de US$ 1 bilhão. Fora isso, há a necessidade de formar mão-de-obra. E quem faz engenharia da computação está mais do que apto a trabalhar na área. “O engenheiro da computação é quem tem o perfil mais adequado para lidar com a microeletrônica. Sem isso, a TV digital vai ser capenga”, alerta Renato Ribas, coordenador do curso de engenharia da computação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Se não houver investimento na área, vamos fazer só o software e importar toda a maquinaria, o que vai sair muito caro.” Oportunidades não faltam para Engenheiro de Computação estar atento as tendências e ter criatividade são as armas fundamentais para garantir um bom lugar no mercado de trabalho.

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